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O Hotmart Cast, o podcast da Hotmart, já está no clima do FIRE FESTIVAL. Para dar um gostinho do que vai rolar no palco do Expominas em agosto, os hosts Alexandre Abramo e Cleiton Maranhão têm recebido, desde junho, alguns dos palestrantes que estão na programação do FIRE para a discussão de desafios que tomam a cabeça de todo creator. Aqui contamos como foi o encontro entre Valeska Bruzzi e Victor Damásio.
Valeska e Victor estudaram juntos na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde cursaram Direito. Os dois abandonaram a carreira jurídica, mas anos depois se reencontraram no mercado, ambos empreendendo no mundo do marketing digital. Cursos online, mentorias e consultorias sobre esse universo estão entre os serviços que cada um oferece hoje.
Por essa afinidade e história de sucesso, a dupla foi convidada para batalhar – como a gente chama o papo entre dois convidados com postos de vistas complementares – no Hotmart Cast. A ideia era usar as expertises deles para explicar como alavancar resultados e como a precificação é importante para a construção de um produto.
A seguir, veja alguns tópicos que rolaram na conversa e não deixe de conferir também as outras batalhas que rolaram:
Pedro Sobral e Hyeser falaram sobre tráfego pago ou conteúdo orgânico e
Gabi Salles e Micha Menezes discutiram sobre fórmula de lançamento e perpétuo.
QUANTO VALE O SHOW?
Todo criador vai enfrentar o dilema de definir ‘seu preço’. Nesse ponto, Valeska e Victor concordam: você precisa entender bem qual a audiência e qual o produto que você está colocando à venda. Também é preciso saber se você está entregando algo que aponta para uma trilha na formação do cliente.
Tem uma fórmula fácil de descobrir isso? Não exatamente, mas existem alguns caminhos. Um deles é ter uma prateleira variada de conteúdos, também conhecida como ‘esteira de produtos’. “A diversificação é uma coisa inteligente para se fazer até você descobrir o que cabe para você, o que cabe para a sua personalidade”, explica Valeska.
“Eu precisei buscar um formato, que começou com minis lançamentos. Depois disso, os clientes foram entrando na esteira e conhecendo outros produtos”, complementa.
A criadora de conteúdo tem um produto de entrada com um custo mais baixo, um aulão, que tem o papel de introduzir os conceitos básicos do marketing digital na mentalidade do comprador. Depois disso, apresenta outros conteúdos complementares que vão guiando os clientes até os produtos com tickets mais altos.
Para os dois, o mais importante é criar uma trilha coerente. A vantagem disso é que conforme o processo vai se aprofundando, quem chega ao último estágio do percurso, que é o trabalho de mentoria personalizada, já tem maturidade e conhecimento da metodologia do criador.
“Você tem que tratar os produtos de entrada como um produto de entrada, e mostrar para o comprador para onde esse produto pode levá-lo”, diz Valeska.
MESMO CAMINHO, VIAGENS DIFERENTES
O mercado não tem uma régua que delimita o que é ticket alto e ticket baixo no valor de um produto digital. Mas existe uma estimativa de que acima de R$ 5 mil já está no time dos altos. E tem quem pague por isso? Victor Damásio, que tem uma prateleira com serviços que podem chegar até a casa dos seis dígitos, diz que sim. E o que leva uma pessoa ao seu produto premium é a experiência individualizada.
Ele faz uma comparação com uma viagem de avião. Os voos que têm classe econômica, classe executiva e primeira classe fazem a mesma rota e levam os passageiros para o mesmo ponto de chegada. O que muda é a forma como essa viagem foi feita por cada um deles.
“Todo e qualquer produtor pode criar uma experiência de classe executiva sem ter que mudar muito na promessa que faz. Em todo e pequeno grupo sempre tem uma parcela que quer pagar mais”, defende ele.
BONECA RUSSA
Victor e Valeska também compartilham a estratégia para fidelizar clientes. É uma técnica que ficou conhecida como Matrioska – nome dado às bonecas de madeiras, típicas da Rússia, que têm uma série de outras bonecas dentro umas das outras, em uma escala que vai da maior à menor.
O método consiste em transformar o valor integral de um curso em um desconto no seguinte, de valor mais alto. Em outras palavras, é o que chamamos de cashback. Se o curso de entrada custou R$ 200, esse valor é convertido num desconto de R$ 200 no próximo. “É um caminho democrático de acesso aos meus produtos”, comenta Victor.
A HORA CERTA
Outro tópico que os palestrantes do FIRE FESTIVAL debateram foi sobre o tempo certo que cada cliente tem para embarcar na sua ideia. Em algumas estratégias de vendas, como nos casos em que o criador usa estratégias de perpétuo – a metodologia criada para produtos digitais que podem ficar "para sempre" à venda –, o gatilho para estimular a compra é diferente daquele aplicado quando o criador usa a fórmula de lançamento.
“Eu gosto de deixar o cliente comprar no tempo dele. Se eu utilizo a urgência e coloco o relógio na cara do cliente, ele pode acabar comprando no meu tempo e não no tempo dele”, disse Victor, que acha que tem espaço para todos os formatos. Abrir mão do gatilho da urgência, da escassez, só vai funcionar se o produto estiver alinhado às características e ao perfil da audiência que vai comprá-lo.
AO VIVO TEM MAIS
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